11 ideias sustentáveis, pelo bem do planeta
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Dream Team: 11 ideias para tornar o nosso dia a dia mais sustentável e amigo deste planeta que nos acolhe.
Publicado em 06-Mar-2020
Todos compreendemos a necessidade de dar um futuro mais verde ao planeta Azul, mas como essa evolução nem sempre é fácil — implica mudar hábitos do dia a dia e por vezes fazer sacrifícios — aqui fica um pequeno guia ao qual podemos sempre recorrer para reduzir o tamanho da pegada ambiental. São só 11 ideias, mas que dependem apenas da nossa vontade, sem estar à espera dos grandes desígnios dos políticos, ou da vontade das multinacionais. O futuro começa em cada um de nós…
1 Pense Local
Os supermercados são muito práticos, mas são também um antro de produtos vindos de todo o mundo e, geralmente, embalados em plástico. Escolha, sempre que possível, produtos nacionais e fuja das frutas e dos pães embalados individualmente (algo ainda demasiado comum). Prefira a granel (tem aqui uma boa lista de sítios onde os encontrar) e, já agora, leve o seu próprio saco — e que este seja de pano.
2 Evite consumir carne
Não precisa virar vegetariano. Basta consumir com mais moderação, até porque provavelmente a come em excesso, como o SNS costuma alertar — o limite recomendado para carnes vermelhas, por exemplo, situa-se nos 300gr. por semana. Sobretudo evite o desperdício, outro dos problemas da nossa sociedade. A indústria da produção de carne é uma das mais poluentes, e deixar que um produto que consumiu tantos recursos acabe num aterro é duplamente errado. Pense antes em formas inteligentes de aproveitar os restos ou em refeições alternativas.
3 Economia verde, finanças azuis
Trata-se de um mecanismo que não depende exclusivamente de si, é verdade, mas está nas nossas mãos pressionar para que se torne uma realidade. E o objetivo, basicamente, será de atribuir um valor económico à natureza. Porque este existe na realidade. Hoje uma baleia ou uma árvore valem mais abatidos do que vivos, quando na realidade é o contrário e existe toda uma indústria de turismo que depende dessa baleia e a árvore, para além de madeira, produz oxigénio e captura carbono. Isto precisa de ser valorizado no futuro, e felizmente que os primeiros passos já estão a ser dados, sobretudo com as blue bonds. O nosso extenso mar e interior “esquecido” poderão também beneficiar enormemente.
4 Não faça Lixo
Reutilize o mais que puder, recicle o que não conseguir. Não deite beatas para o chão. Tenha atenção onde coloca os plásticos. Se puder tente fazer compostagem e aproveite para cultivar os seus próprios vegetais. Tem aqui um exemplo de um bonito e discreto compostor doméstico. Não precisa de ter um jardim ou uma horta, nem de ser autossuficiente. Qualquer vaso ajuda.
5 Use o micro-ondas
Toda a gente tem um, mas poucos o usam para mais do que aquecer coisas. Só que os micro-ondas são incomparavelmente mais eficientes, em termos energéticos, do que os fornos, e são absolutamente seguros para preparar alimentos — por vezes até melhores a reter nutrientes na comida. Só precisa de descobrir algumas receitas mais adequadas para esta confeção e não usar os mesmos tupperwares para cozinhar que usa para aquecer.
6 Plante uma árvore 2.0.
Já não basta plantar uma árvore na vida, mas sim dezenas, centenas de árvores. É uma das formas mais baratas e eficientes de retirar CO2 da atmosfera e lutar contra o aquecimento global. Lembre-se da quantidade de árvores que Lisboa Capital Verde pretende plantar.
7 Detergentes e champôs ao natural
Fazer os nossos próprios sabonetes e detergentes com ingredientes naturais está definitivamente na moda, o que é bom pois assim reduzimos o consumo de plástico (das embalagens) e não lançamos mais químicos para o meio ambiente. A internet está repleta de receitas para o fazer, mas é preciso avançar com cuidado pois nem tudo funciona como prometido. E se um detergente não limpar bem o chão ou cheirar como devia não é grave, no caso de produtos que entram em contacto com a nossa pele a história é outra. Não queremos champôs com PH demasiado elevado ou sabonetes que provocam reações alérgicas, por isso, se não tem a certeza da proveniência de uma fórmula, opte antes pelos produtos naturais à venda nos supermercados biológicos, que também estão livres de químicos e pesticidas.
8 Boas ideias
A “desalteração” climática não vai lá sem um conjunto de boas ideias e, por isso, apelamos aos mais inovadores da sociedade para se chegarem à frente. Organizações como a BlueBioValue podem dar uma ajuda preciosa no sentido de ligar a investigação ao mundo empresarial, para que destas ideias resulte realmente algo importante. — até porque esta aceleradora resulta de uma parceria entre dois peso pesados: a Fundação Oceano Azul e a Fundação Gulbenkian. O próximo bootcamp ocorre já nos próximos dias 16,17 e 18 de março, mas terá muitas mais oportunidades para apresentar a sua ideia. A concorrência é grande pois recebem projetos vindos de todo o mundo.
9 Economize água
O planeta Terra tem esta ironia de ser composto maioritariamente (75%) por água, mas apenas 3% é doce, e dessa apenas 1% está acessível. Ou seja, é um recurso finito, escasso e, pela sua importância para a vida, extraordinariamente valioso. Por isso economize água em tudo o que puder, começando pelo duche: tome banhos mais curtos e se for difícil arranje um temporizador até se habituar.
10 Uma nova forma de locomoção
Na verdade, o título é enganador porque nunca houve nada melhor do que as duas pernas com que nascemos. Use-as para subir escadas em vez de apanhar o elevador (o exercício é um bónus, não tem de agradecer), passear ou ir às compras. As pernas também podem pedalar e não há dúvida sobre as vantagens das duas rodas no trânsito urbano. Os transportes públicos são outra boa alternativa, muitas vezes mais rápida do que o automóvel e mais económica. Mesmo quando demoram mais tempo deviam ser a opção escolhida, menos quando a diferença é abissal. Finalmente, lembre-se que um automóvel tem vários lugares, e que é preferível um carro com quatro pessoas do que dois com duas.
11 Regresso à natureza
Faça longos passeios pelos parques naturais ou mergulhe neste oceano que rodeia Portugal. Leve os seus filhos ou netos e amigos, porque um dos problemas da nossa sociedade foi mesmo ter perdido essa ligação umbilical. Pessoas em comunhão com a natureza têm a perceção do mal que lhe estamos a fazer e muito mais vontade de alterar este estado de coisas.