Os relógios mais icónicos de sempre Os relógios mais icónicos de sempre

Os relógios mais icónicos de sempre

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Do Cartier Santos ao Apple Watch, quais foram os relógios que mais se destacaram neste último século? Vamos descobrir…


Publicado em 21-Dez-2023

A definição daquilo que é um relógio icónico é, naturalmente, subjetiva. No entanto, parece relativamente consensual que para um relógio se tornar icónico deve ser facilmente reconhecível por um grupo alargado de pessoas. Não há relógios icónicos se ninguém os conhecer. Convém também que tenha algum tipo de apelo intemporal e permanecido fiel à sua conceção original ao longo do tempo. E também é importante que tenha trazido algo de novo à relojoaria… como fizeram as nossas escolhas ao longo dos últimos 120 anos.

Cartier Santos

Os relógios mais icónicos de sempre | Unibanco

O Santos ostenta dois títulos que ninguém lhe pode tirar. O primeiro relógio de pulso masculino, e o primeiro relógio de aviador. Atualmente, não será o modelo que mais facilmente identificamos com este estilo, mas foi desenhado por e para um aviador, e certamente o primeiro a levantar voo. A história é simples: em 1904, Santos Drummond, pioneiro da aviação, queixou-se ao seu amigo Louis Cartier da impraticabilidade de usar um relógio de bolso no ar, e terá mesmo desenhado os primeiros esboços daquilo que precisava. O relógio acabou por ser comercializado com o nome do aviador e o resto é história. Ainda hoje está na linha da Cartier.

Jaeger-LeCoultre Reverso

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Nos anos 1920 e 1930, a principal ocupação dos oficias ingleses destacados na Índia eram os jogos de polo, o que (felizmente) provocava baixas sobretudo entre os seus relógios de pulso. Foi então lançado um desafio para criar um relógio que sobrevivesse à dureza do jogo, e a resposta da LeCoultre ficou para a história, ao criar um relógio cuja caixa se podia virar, protegendo o mostrador. O Reverso nasceu em 1931 e continua a ser o modelo mais emblemático da casa, aproveitando esses dois lados, agora que já ninguém joga polo com um, para oferecer mostradores em cada face (Duoface), ou utilizando o lado sem mostrador (Monoface) como tela artística.

IWC Portugieser

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Na alta relojoaria também há mão portuguesa. Isto porque em 1939 ou 1940, a International Watch Company recebeu uma encomenda de dois distribuidores portugueses, uns Srs. Gomes e Teixeira, que procuravam um relógio de pulso com a mesma precisão mecânica dos modelos de bolso. Procuravam também que fosse um relógio um pouco maior – e de mais fácil leitura – do que os modelos habituais, que não passam dos 33 mm. A solução da marca suíça – apesar do nome, a IWC é uma manufatura helvética – foi precisamente adaptar um movimento de bolso ao pulso, criando assim um modelo com 43 mm, de linhas muito puras e absolutamente à prova do futuro, como o sucesso atual do IWC Português o continua a provar.

Rolex Submariner

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O Submariner foi o primeiro relógio de mergulho do mundo, e o seu impacto foi tão grande que se tornou, seguramente, no relógio mais copiado de todos. O modelo foi apresentado e lançado em 1954, mas a história começou anos antes, em 1926, quando a Rolex apresentou a Oyster, a sua caixa à prova de água e que, como foi amplamente publicitado à época, acompanhou Mercedes Gleitze na sua travessia a nado do Canal da Mancha. Mas foi só quando juntou a caixa à luneta rotativa – essencial para medir o tempo de mergulho – aos indicadores luminescentes e passou a oferecer 100 metros de profundidade é que a Rolex fez nascer um ícone. O sucesso foi imediato, até porque o mundo começava a descobrir, maravilhado, as profundezas do mar, e ainda hoje o Rolex Submariner está no olimpo da relojoaria.

Omega Speedmaster

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O Speedmaster, aka, o Moonwatch. O único relógio que foi à Lua e o único certificado pela NASA para todas as suas missões. Em 1964, a agência norte-americana decidiu lançar um concurso para escolher um modelo capaz de sobreviver a uma bateria de testes de precisão, resistência a choques e a diferenças de temperatura, que depois seria entregue aos astronautas. O único que conseguiu passar todos esses testes foi o Omega Speedmaster, que, incrivelmente, era um modelo igualzinho ao que se podia comprar nas lojas. Era mesmo o único objeto a bordo que não tinha sido criado especificamente para as missões espaciais. Em 1969 foi à Lua, naquele que será o seu feito histórico mais marcante, mas foi só no ano seguinte que provou todo o seu valor: após uma falha total nos instrumentos, os astronautas da missão Apollo 13 necessitavam de ligar os motores da nave durante 14 segundos exatos, para conseguirem regressar à Terra. 13 e ardiam na reentrada, 15 e “saltavam” na atmosfera, perdendo-se no espaço. E o Omega era o único instrumento com que podiam contar, o que valeu, à manufatura suíça, receber um Snoopy Award, o prémio dado pelos astronautas. Com tudo isto, o Omega Speedmaster tornou-se o relógio que inspirou milhões de pessoas a usarem um cronógrafo (aquilo que muitos de nós erradamente chamamos de cronómetro) no pulso.

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Tag Heuer Monaco

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Apareceu pela primeira vez em 1969 e foi um dos primeiríssimos relógios a surgirem com um movimento mecânico automático, com a função de cronógrafo. Os anos anteriores tinham sido marcados por uma forte competição entre a Zenith, a Seiko e o grupo que contava com  a Heuer e a Breitling, entre outros, para apresentarem o primeiro movimento cronógrafo que não necessitava de corda para ter carga. Os três apresentaram as suas versões em 1969, e por isso Jack Heuer queria marcar a diferença, o que conseguiu com esta caixa retangular que era, também, a primeira não redonda à prova de água. O Monaco – batizado em honra do famoso circuito – destacava-se da concorrência, mas foi só quando Steve McQueen o utilizou no filme Le Mans, dois anos mais tarde, que o Heuer Monaco atingiu verdadeiramente o estatuto de culto.    

Casio CA-500WEG-1

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Em 1969, a Seiko introduzia também os primeiros relógios quartzo para o pulso, e outras marcas depressa a seguiram. Como a Casio, que se tornou num caso sério de sucesso com os seus modelos baratos, muito precisos e com funções inimagináveis até então, caso de uma calculadora num relógio. Ainda hoje estes modelos apresentam uma vibe nerd cool que os torna muito populares.

Audemars Piguet Royal Oak

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A Rolex pode ser a marca de relógios suíça que mais vende em todo o mundo, mas se a essa pesquisa fosse feita nuns Óscares, nos Grammys ou numa Gala Laureus, do desporto, o mais provável seria que a Audemars saísse à frente, e tudo por causa deste modelo, o Royal Oak, apresentado ao mundo em 1972 , como um relógio de desporto, em aço, que custava mais do que os modelos clássicos em ouro. O design fluido, inspirado em temas marítimos, e com a caixa ligada à bracelete foi − e é – um sucesso estrondoso.

Apple Watch

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Em 2015, a Apple lançou o Watch e criou todo um novo fenómeno dos relógios inteligentes. Com estes modelos era possível receber e gerir alertas de calendários, de e-mails, de chamadas, e até serviços de streaming de música. Não menos importante, permitia monitorizar funções básicas de saúde, como a qualidade do sono ou os níveis de oxigénio no sangue e os batimentos cardíacos. E davam uma ajuda preciosa à atividade física, contabilizando o número de passos e desenvolvendo planos de treino. Em menos de cinco anos o Apple Watch ultrapassou toda a indústria de relógios suíça.

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