Vinhos para festas felizes

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Doze sugestões de vinhos para acompanhar as suas refeições de Natal e Ano Novo.

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Publicado em 19-Dez-2023 por José Miguel Dentinho, jornalista

Está quase a chegar o Natal, festa desejada pelo significado que tem para a maioria das famílias portuguesas. É dia de rever caras, conversar mais um pouco e saber novidades, mas também de comer e beber coisas boas, como as que sugiro abaixo. A véspera e o dia 25 de dezembro são um excelente pretexto para isso, e o tempo certo para estar, à mesa, a saborear boa comida, de conforto, mais tradicional ou não, que saberá ainda melhor se tiver a seleção de vinhos mais adequada.

No meu caso, enquanto não nos sentamos à mesa, gosto da companhia de frutos secos, que como desde criança, sobretudo amêndoas torradas, nozes, pinhões, passas de uva e, mais recentemente, pistácios. A companhia é geralmente um vinho fortificado, de preferência com muito tempo em madeira como os que sugiro abaixo. Mas também gosto de ter queijo da serra, de S. Jorge, roquefort e/ou stilton, mais tostas e pão, de preferência alentejano ou do Algarve.

O repasto da véspera de Natal é sempre bacalhau alto, batatas, ovos e couves cozidas, na companhia de alho picado, azeite e um pouco de pimenta. Depois, fatias douradas, sonhos em calda e secos, coscorões, e por aí adiante, que tenho de comer com contenção, por prudência.

No dia seguinte, é hora de roupa-velha, quando há restos do jantar anterior, mas também peru assado no forno, bem guloso e recheado, com arroz de miúdos, salada de alface e batata palha, borrego assado no forno, ou até uma carne de porco à alentejana. Para além dos doces mais tradicionais e dos bolos-reis, não falta mousse de chocolate, que é indispensável, e lampreia de ovos, que me faz lembrar a casa da minha avó Angelina, porque havia sempre uma nesta época do ano. Mas isso são as festas de Natal.

A passagem do ano é outra coisa, mas também prefiro passá-la em família, desta vez na companhia de um dos bons espumantes nacionais, como os que indico abaixo, mas também champanhe ou cava, se houver dinheiro para isso. Tem é de haver sempre marisco, pelo menos amêijoas à Bulhão Pato, cocktail de camarão com alface e frutas tropicais, algumas ostras ou perceves, e mais todos aqueles petiscos que me apetecer fazer para a viagem da passagem do ano, que prefiro só pensar no dia.

Depois, a seguir à meia-noite, é hora de chegar à janela para ver as dezenas de fogos de artifício que saem do mar de casas que cobre a Grande Lisboa, porque é emocionante e vale mesmo a pena.

Feliz Natal e um brinde ao novo ano, que espero que seja sempre melhor que o ano anterior, para mim e para vocês todos. Até um dia destes.