Os novos restaurantes mais badalados de Lisboa e Porto
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É cada vez mais difícil acompanhar as aberturas de novos restaurantes nas principais cidades do país, mas estes são os espaços que não vai mesmo querer perder.
Publicado em 22-Fev-2023
Vegetarianos, virados para o mar, cozinha portuguesa com um toque mais moderno e uma aposta cada vez maior em produtos da estação. Assim são, na sua maioria, os novos espaços que abriram em Lisboa e no Porto, e que estão a dar muito que falar. Para os vir conhecer, não se esqueça de que pode contar com a ajuda do Cartão UNIBANCO. Usufrua de 20 a 50 dias de crédito sem juros com o cartão de crédito. Desta forma consegue adiar pagamentos sem pagar juros.
Lota d’Ávila, Lisboa
Por aqui – na Duque de Ávila, 42 – já esteve o Rabo d’Pêxe, onde Paulo Morais nos serviu alguns dos melhores sushis de Lisboa. Agora ergue-se a Lota d’Ávila que, nas mãos igualmente experientes de Vasco Lello se está rapidamente a afirmar como um local obrigatório para quem gosta de comer bom peixe e marisco. À Lota – o restaurante tem uma decoração tipo mercado, com peixes em gelo que os clientes são convidados a escolher e pesar – chegam os melhores espécimes de toda a costa portuguesa, ilhas incluídas, garantindo variedade e frescura. Estes são depois tratados em pratos clássicos e de autor, que sempre surpreendem pela positiva. Também há mariscadas, para partilhar, alguns pratos vegetarianos, e um par de concessões aos carnívoros, só para que ninguém saia insatisfeito.
A Antiga Camponesa, Lisboa
A Camponesa sempre foi tasca, e a Antiga Camponesa, como agora se chama, promete manter o espírito taberneiro do sítio, embora elevando no serviço e na gastronomia. Isto porque o antigo restaurante da Marechal Saldanha – que liga a Calçada do Combro ao Miradouro de Santa Catarina – passou a cozinha para as mãos da equipa da Taberna da Rua das Flores. O novo espaço não pretende ser uma mera cópia, e a oferta passa menos por pratos de partilha, mas de menu tradicional, ainda que sempre com enfoque nos produtos nacionais. Outra novidade bem-vinda, é que já será possível reservar mesa, em vez de ficar à espera numa fila interminável.
Portie, Porto
O Portie é um espaço muito bonito na zona do Passeio Alegre, e se tem uma gastronomia com ambições a fine dinning, também o pretende ser de forma descontraída. Por isso é que em vez de encontrarmos menus de degustação vamos encontrar mais pratos de partilha, o que é uma boa novidade neste tipo de espaços. A cozinha está nas mãos de António Lobo Xavier e as influências são maioritariamente peruanas, francesas e nacionais.
Giulietta, Lisboa
Se continuamente assistimos à abertura de mais um italiano ou mais um vegetariano, o Giulietta faz o jackpot. Todos os pratos são de tradição italiana – pizzas, pastas, saladas e risotos –, mas feitos exclusivamente com vegetais. O spaghetti alla bolognese, por exemplo, leva cogumelos e tofu biológico em vez de carne, e os risotos podem ser de espargos, cogumelos ou tofu com wakame e salicórnia. E se pergunta onde está o queijo, não o faça, porque foi deliciosamente substituído por uma mozarela vegan. O Giulietta fica na Avenida de Roma, e é já o quarto (ou será o quinto?) elemento da família The Green Affair.
Ilícito, Porto
Dizem que os olhos também comem, e isso é particularmente verdade no restaurante do mais recente cinco estrelas da cidade do Porto. A decoração do Ilícito – que esteve a cargo da dupla da Ding Dong que aqui entrevistámos − merece ser vista pelo espetáculo quase burlesco e divertido. À mesa, o Ilícito sugere dois menus de degustação, ambos com sete momentos: o Malabarista e o mais elaborado Trapezista (mais um terceiro menu para vegetarianos).
Brilhante, Lisboa
Depois da Sala de Corte e do Pica Pau, o chef Luís Gaspar tem mais um filho em mãos. Trata-se do Brilhante, um restaurante que pretende recuperar o espírito boémio da Lisboa dos anos 1960 e 1970. Por isso, brilham os veludos e os tons encarnados na decoração, como era moda, e a inspiração culinária vem principalmente da escola tradicional francesa, como era apanágio na altura. Entre os pratos, destaque o clássico lisboeta bife à Marrare, que aqui ganha uma nova alma.
Escama, Porto
O Escama não tem vista para o mar – fica na Mouzinho da Silveira, em plena Baixa portuense −, mas é de sobretudo de mar que aqui vamos falar, começando logo pelo menu, que chega à mesa em forma de mensagem numa garrafa, como se fôssemos náufragos e o Escama o nosso novo porto de abrigo. Cerca de 90% da carta tem origem Atlântico, dando primazia à frescura e aos peixes que chegam à lota no dia, embora trabalhados com sofisticação.
Obicà, Lisboa
Depois da abertura de um Obicà, no Porto, em 2021, chegou a vez de Lisboa receber o segundo Obicà Mozzarella Bar, Pizza e Cucina por terras portuguesas. A ideia, como sempre, está na partilha dos melhores produtos regionais e certificados italianos, sempre em ambiente sofisticado e descontraído. À boa maneira italiana. O nome, em napolitano, significa “aqui está”, e de facto o grupo tem feito sucesso em muitos sítios, incluindo os 10 restaurantes na terra natal, de norte a sul de Itália, no Japão (com seis), RU (três) e EUA, com os dois que agora empatamos.