9 marcas de moda sustentável que fazem a diferença
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Entre grandes nomes da moda internacional e pequenas marcas boutique, incluindo as portuguesas, venha conhecer quem procura fazer a diferença em nome do planeta
Publicado em 28-Jul-2020
Do cultivo das matérias primas à produção do têxtil, coloração ou transporte, o ciclo de produção de uma peça de roupa pode ser extremamente lesivo para o meio ambiente. Felizmente a maioria da indústria da moda está cada vez mais consciente dessa responsabilidade, e algumas marcas estão mesmo dispostas a mostrar como podem perfeitamente colocar o planeta em primeiro lugar. E na vanguarda dessa mudança estão vários nomes portugueses…
Noctu
Fundada em 2009, a londrina Noctu apenas usa algodão aprovado pela Gots, de Global Organic Textiles Standard. Isto significa que não foi utilizado qualquer químico tóxico em momento algum do ciclo de produção – e que os trabalhadores são tratados e pagos de forma justa. O forte desta marca são Pijamas e Lounge Wear para homem, mulher e criança. A Noctu também apoia a World Land Trust na proteção de espécies protegidas, por isso com cada compra está a contribuir nessa ajuda.
Tommy Hilfiger
Na coleção Sustainable Style da Tommy Hilfiger vamos encontrar um número deveras alargado de peças para homem e mulher, criadas com base em materiais sustentáveis. Peças em ganga produzidas por 100% de plástico de garrafas PET, vestidos em poliéster reciclado ou t-shirts em algodão orgânico.
Wayz
A Wayz nasceu em 2018 no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) e cria ténis unissexo a partir de materiais reciclados e biodegradáveis, como a pele de vaca de alta qualidade, o biocouro, o RPET (plástico reciclado), e a borracha reciclada. Sempre a pensar na longevidade do produto e segundo uma política de “quilometro zero”, onde quase tudo é originário das zonas entre Felgueiras, Ovar e São João da Madeira. Pode escolher entre quatro modelos e 1% vai para ajudar os sem-abrigo na zona do Grande Porto.
Levi’s
Nem tudo depende da produção sustentada de algodão. Existem já alternativas, como é o caso do cânhamo, que a Levi’s usa na nova coleção Wellthread. O cânhamo, por si só, é mais ecológico e sustentável que o algodão, porque o cultivo consume muito menos água. Além disso, a Levis continua a tratar e finalizar as peças com a tecnologia Water Less, que a faz poupar mais de 3,5 biliões de água anualmente, só nesse processo e, neste caso, há mais de uma década – é muita água poupada. Neste caso o cânhamo passa por um tratamento suavizante que o torna tão ou mais suave que o algodão de qualidade.
Entre jeans, Ribcage Jeans, Trucker Jackets, t-shirts e hoodies, todas as peças foram ainda desenvolvidas com o seu fim de vida útil em mente, e na reutilização num sistema de produção circular.
Näz
A Näz foi uma das primeiras marcas de moda nacionais com uma assinatura 100% sustentável. Deitam mão a tudo, sobras, tecidos e malhas ecológicas como o algodão orgânico, o linho e o Cupro, ou algodão reciclado, para criar peças minimalistas e de corte simples. Também tentam não usar água ou criar resíduos, reduzindo assim a pegada em pelo menos 30%. Pode encontrar as peças, para homem e mulher, na loja online ou na concept store da marca no Príncipe Real, em Lisboa.
Mango
A Mango lançou uma coleção de bijuteria composta em 90% por materiais sustentáveis, combinando elementos como terracota, plásticos de origem vegetal biodegradáveis, madeira e cerâmica. Lançou também uma coleção de denim confecionada com algodão sustentável e juntou-se ao Fashion Pact, uma iniciativa que reúne 56 empresas e 250 marcas (para já) e visa fomentar a sustentabilidade. Como meta, a marca espanhola definiu ainda que, até 2025, 100% do seu algodão terá origem sustentável.
Zouri
Criada em Braga para fazer calçado sustentável, a Zouri foi eleita como segundo melhor Projeto Europeu de Inovação Social em 2019, na área de Economia Circular, sobretudo pela forma como reutiliza o lixo plástico apanhado nas praias. Criou inclusivamente um movimento de voluntários que, num ano, conseguiu remover cerca de uma tonelada de plástico dos nossos areais. Plásticos que iriam acabar nos oceanos, mas que agora se transformaram em sandálias e sapatilhas – a oferta é vasta e há muito por onde escolher.
Intimissimi
Até a sua próxima lingerie pode ser verde. A Intimissimi criou uma Green Collection, onde os materiais são escolhidos pelo seu baixo impacto ambiental. Assim, as rendas são produzidas com fios de poliamida reciclada, a seda é certificada pela Bluesign pela sua produção responsável, e o modal com fibras de madeira sustentável como bambu. A coleção conta com duas séries, a The Garden Fairy, composta por conjuntos de roupa interior, bodies e slips, e Rare Beauty lingerie, que acrescenta ainda uma dose extra de elegância.
ISTO
ISTO significa Independent, Superb, Transparent, Organic e, apesar do inglês, a marca é mesmo nacional, com produção maioritariamente em fábricas no Norte, de Vizela ou Guimarães. Começaram por apostar nos básicos masculinos (t-shirts, camisas…), mas desde então já expandiram a oferta para incluir os mesmos básicos para senhoras. Quanto à sigla… quantas marcas colocam no site o custo real das peças fabricadas? São transparentes sim, e a honestidade merece ser recompensada, para mais quando o algodão é sustentável.