11 peças icónicas do design escandinavo. E onde as encontrar
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Venha descobrir as estrelas do design escandinavo. Uma seleção que já conquistou o mundo com as suas linhas orgânicas e materiais naturais de qualidade “para sempre”. Porque não vão certamente sair de moda.
Publicado em 23-Abr-2021
Funcional, mas caloroso, sofisticado e nada pretensioso. Despido, mas muito confortável… existem tantas formas para explicar o sucesso do design escandinavo quanto, se calhar, o número de designers nórdicos que criaram – e continuam a criar – algumas das peças de mobiliário e acessórios mais cobiçadas em todo o mundo. Muitas, a larguíssima maioria atrevemos-mos a dizer, já foram tantas vezes replicadas ou imitadas em sites de “inspiração” que lhe serão certamente familiares. Mas aqui do que se trata é de descobrir as peças originais. Os clássicos intemporais. A verdadeira razão por detrás do sucesso.
Wishbone Chair, Hans Wegner
A Wishbone será, provavelmente, um dos trabalhos mais marcantes de Wegner, um dos grandes representantes do design escandinavo (a certa altura chegou a ser chamado de “rei das Cadeiras” por ter mais de 100 modelos diferentes em produção). Quanto à CH24, como também é conhecida, foi criada em 1949 para a Carl Hansen & Søn, e nunca deixou ser fabricada. Surpreendentemente, Wegner inspirou-se em fotografias antigas de mercadores dinamarqueses sentados em cadeiras da dinastia Ming, o que acaba por ser um testemunho interessante da sua intemporalidade. Hoje está disponível em mais de 51 materiais e cores diferentes, e pode ser encontrada à venda na Nord, em Lisboa.
The Pedestal Collection, Eero Saarinen
O objetivo de Eero Saarinen era simples: queria “limpar a confusão de pernas” debaixo da mesa de jantar. Tendo vivido, estudado e trabalhado tanto na Finlândia natal como nos EUA, Eero representou melhor do que ninguém a ligação transatlântica entre a escola escandinava e a contemporânea americana, as mais influentes a partir da segunda metade do século passado. Essa fusão parece evidente no resultado final desta mesa e das cadeiras Tulipe, ao qual chegou após vários trabalhos de modelagem em 1955. Foram desenhadas para a Knoll, que as continua a produzir, e continuam tão relevantes hoje como então. Em Portugal podem ser encontradas na Quarto Sala.
Egg Chair, Arne Jacobsen
A Poltrona Egg é uma verdadeira escultura em forma de cadeira, uma concha estilizada, criada para dar o máximo de conforto e privacidade a quem nela se senta. Mesmo em locais públicos, como lobbies de hotéis. Jacobsen, designer e escultor, desenvolveu vários moldes em argila até chegar ao pretendido. Foi, também, um pioneiro na utilização de espuma firme para foi aumentar o conforto. A Egg foi criada em 1958 para a Fritz Hansen e continua, passados 60 anos, a ser uma das estrelas da companhia, disponível em dezenas de cores, tecidos e pele. À venda em Portugal na Linha da Vizinha.
Moon Lamp, Verner Panton
Nos anos 60 do século passado, o mundo inteiro estava com os olhos postos na conquista da Lua, mas foi este dinamarquês o primeiro a lá chegar. Estávamos precisamente no virar da década quando Panton apresentou um candeeiro de teto que consistia numa dezena de discos em forma de anel, dispostos à volta de uma lâmpada central. Os discos não só escondem a lâmpada como funcionam como refletores de luz, espalhando-a suavemente pela divisão. Produzido, e ainda hoje à venda, na Verpan.
Margrethe Bowl, Jacob Jensen
Projetada por uma lenda do design dinamarquês, em 1954, a Margrethe conseguiu alcançar o estatuto de melhor tigela no mercado. Dir-se-ia um estatuto merecido até pelas suas origens “reais”, já que ganhou o nome em honra da Rainha Margrethe II da Dinamarca, mas provavelmente as razões para o sucesso explicam-se melhor pelo seu design minimalista, funcional e muito belo. Funciona, aliás, como um excelente exemplo de toda esta filosofia de design. Quanto a Jacob Jensen, foi um dos mais profícuos e premiados designers industriais, especialmente pelos seus trabalhos para a Bang&Olufsen, marca para a qual começou a trabalhar nos anos 1960. Muitos estão expostos em museus como o MoMA, de Nova Iorque, o que também chegou a acontecer a esta taça. Fabricada pela Rosti, a Bowl está disponível em várias cores e tamanhos, dos 150 ml aos 6 litros.
The Flower Pot, Verner Panton
Verner Panton desenhou vários candeeiros ao longo da sua carreira, e alguns anos depois da Lua ofereceu-nos mais um design icónico, constituído por duas esferas semi-circulares opostas, e onde a cor assumia uma importância fulcral. Apesar de não ter qualquer relação com a Pantone, Panton deu muita importância à cor, oferecendo sempre várias opções coloridas, para além do branco e do preto, porque esse toque é fundamental para o design escandinavo. É, também, o caso deste Flower Pot, produzido e à venda na &Tradition.
Poet Sofa, Finn Juhl
Finn Juhl desenhou o sofá em 1941, como parte de um projeto para criar mobiliário adequado a casas pequenas, e a ideia é mesmo sentar duas pessoas num confortável abraço. De início era apenas conhecido como “sofá pequeno”, e foi só em 1959 que ganhou este nome mais inspirador. Aconteceu quando um jornal publicou um cartoon que retratava um poeta sentado (obviamente aqui), contemplando a complexidade da vida. A alcunha assentava-lhe tão bem que pegou. À venda na Nord.
Sideboard, Finn Juhl
Em 1955, Finn Juhl tinha-se mudado para os EUA – foi o primeiro dinamarquês a fazer esse caminho – e no seu trabalho já se notavam as influências americanas, nomeadamente dos Eames, o que parece evidente nesta consola onde se destaca a ligação entre a madeira, o metal, e o degradé colorido. Disponível na Quarto Sala.
Stool 60, Alvar Aalto
Se há uma peça simbólica da simplicidade do design escandinavo, essa peça é o Stool 60, desenhado para a Artek, marca que o mais famoso dos arquitetos e designers finlandeses ajudou a fundar em 1935. Este banco já vendeu vários milhões de exemplares em todo o mundo e é também um dos mais copiados. Fabricado em Turku, Finlândia, o Stool 60 está disponível em várias cores e acabamentos e em dezembro de 2020, recebeu o German Sustainability Design Award na categoria Ícones. “Não é apenas a sua durabilidade que torna o banco tão sustentável”, explicou o júri. “Tanto o clássico como o E60 – o seu homólogo de quatro patas – são produzidos na Finlândia a partir de madeira gerida de forma responsável. Além disso, o próprio fabricante oferece produtos de segunda mão por meio de sua plataforma “Artek 2nd Cicle” e incentiva o consumo consciente com slogans como ‘Compre agora, guarde para sempre”. À venda em Portugal na Smoke Signals.
Kartio, Kaj Franck
Mais um belo exemplo de como a intemporalidade escandinava funciona tão bem, mesmo nos mais pequenos objetos de cozinha. O conjunto Kartio, de Kaj Franck, foi desenhado nos anos 1950, mas podia ter sido ontem. É elegante e resistente para usar no dia a dia e está hoje disponível numa palete de cores muito versátil. E, já agora, “kartio”, em finlandês, significa “cone”.
J39 Chair, Børge Mogensen
O dinamarquês Børge Mogensen foi um dos grandes responsáveis pelo conceito do “design escandinavo”, e a J39, criada para a Fredericia em 1947, um dos seus momentos mais inspirados, numa colaboração que deu origem a várias outras criações. Esta cadeira está disponível em diferentes tipos de madeira, natural ou lacada, em lojas como a Nord.
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