Quais são as melhores profissões para os próximos 10 anos?
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Publicado em 18-Nov-2024
Em 10 anos muitas coisas mudam, especialmente se estivermos a falar do mercado de trabalho.
A entrada de novas tecnologias e o aprimoramento das atuais, ao que ainda se juntam novos regimes laborais que permitem que um trabalhador desenvolva o seu trabalho à distância e novos hábitos de consumo, são tudo fatores que contribuem para o surgimento de tendências laborais que nos dão um vislumbre das profissões para o futuro.
O que vai mudar e que profissões são essas, são duas questões às quais vamos tentar dar resposta já de seguida.
Profissões para o futuro: melhores cursos para tirar?
Segundo um relatório do Fórum Económico Mundial, a Inteligência Artificial (IA) será, nos próximos tempos, o grande promotor de mudanças no mercado laboral, uma vez que é previsível de que seja adotada por 75% das empresas inquiridas.
Dos cerca de 673 milhões de postos de trabalho analisados durante o estudo, estima-se que 83 milhões sejam eliminados e 69 milhões criados, o que coloca o ênfase na necessidade de os trabalhadores apostarem em processos de requalificação profissional que os ajude a colmatarem as lacunas entre as suas capacidades atuais e as necessidades futuras das empresas.
Neste campo, o estudo indica que a especialização em IA e Big Data são tidos comos mais relevantes por 42% das empresas inquiridas, tecnologias só batidas pelo pensamento analítico (48%) e pelo pensamento criativo (43%).
Profissões para o futuro: tendências para os próximos 10 anos
A este respeito, o Fórum Económico Mundial listou 50 profissões emergentes que, assim se crê, irão marcar o mercado laboral ao longo dos próximos 10 anos.
O top 10 é assim constituído:
- Especialista em Inteligência Artificial e Machine Learning: num mundo cada vez mais marcado pela digitalização da vida quotidiana, os especialistas em IA e Machine Learning serão, por assim dizer, os “arquitetos” deste novo paradigma ao terem nas suas mãos o desafio de criarem algoritmos que sejam capazes de aprenderem e tomarem decisões de forma independente;
- Especialista em sustentabilidade: a emergência climática coloca em evidência a necessidade de se contar com especialistas que ajudem governos, empresas e comunidades a atuarem no sentido de uma maior sustentabilidade;
- Analista de business intelligence (BI): este tipo de profissionais têm por objetivo transformar os dados, micro e macroeconómicos em bruto, em informações de fácil leitura e análise que ajudem as empresas a identificarem tendências mais rapidamente e a tomarem decisões estratégicas mais assertivas;
- Analista de segurança da informação: com a maior parte das nossas vidas a passarem pelo digital, a segurança dos nossos dados pessoais e financeiros estará nas mãos de profissionais como os analistas de segurança da informação;
- Engenheiro de fintech: ao combinarem conhecimentos em finanças e tecnologia, estes profissionais são importantíssimos para o desenvolvimento de soluções que revolucionem os serviços financeiros, tais como os algoritmos de investimento automatizados ou as novas plataformas de pagamentos;
- Analista e cientista de dados: o analista/cientista de dados tem como missão depurar grandes quantidades de dados, padronizá-los e deles extrair informações que possam ter uma aplicação prática em vastas áreas da economia e indústria;
- Engenheiro robótico: com a ajuda da IA e do Machine Learning, as máquinas serão capazes de laborarem autonomamente, mas para orientá-las e automatizá-las serão necessários engenheiros robóticos;
- Especialista em Big Data: ao serem capazes de analisarem grandes volumes de dados e deles extraírem valiosas informações analíticas para as empresas, os especialistas em Big Data são e continuarão a ser dos profissionais mais procurados do mercado;
- Operador de equipamentos agrícolas: no futuro vamos poder encontrar uma reminiscência do passado na pele do operador de equipamentos agrícolas, uma tendência que está ligada não só ao afastamento progressivo dos jovens da agricultura, o que gera falta de profissionais qualificados nesta área tão importante, como à necessidade de se fazer face ao aumento da população que, consequentemente, leva à exigência de uma maior produção alimentar;
- Especialista em transformação digital: a transição para uma economia de base digital obriga, e vai continuar a obrigar, as empresas a adequarem os seus processos logísticos a este novo ecossistema, algo que passa pelos especialistas em transformação digital.
Em conclusão, o mercado de trabalho está em constante evolução, impulsionado pelos avanços e inovações tecnológicas e pelas mudanças nas necessidades globais.
As profissões do futuro exigem competências altamente especializadas, com destaque para áreas como inteligência artificial, análise de dados, sustentabilidade e segurança da informação.
Estes profissionais estarão na linha da frente para enfrentar desafios como a transformação digital e a emergência climática, moldando o futuro das empresas e das comunidades.