AI: O que esperar da inteligência artificial este ano?
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Publicado em 20-Jan-2024
Ano após ano, a AI (Artificial Intelligence) ou, em bom português, a IA (Inteligência Artificial), está a adquirir um indiscutível peso em, praticamente, todas as atividades humanas.
Da Política (quem não se lembra do caso Cambridge Analytica?) aos Recursos Humanos, passando pela Comunicação, pelas Finanças e até pela Saúde, a IA tem dado um forte contributo à agilização e simplificação de processos tornando-os mais rápidos e eficientes.
Um desses exemplos é o ChatGPT que, apesar da enorme polémica que o rodeia desde o seu lançamento, é capaz de, em poucos segundos, produzir verdadeiras teses de mestrado ou até encetar um diálogo com o elemento humano.
A par dos bem conhecidos chatbots que auxiliam o consumidor nas compras online, o ChatGPT será, talvez, a fase mais visível da inteligência artificial hoje em dia, mas há mais, muito mais a descobrir neste fascinante universo da IA, descubra o que esperar da IA com este artigo do UNIBANCO, marca da UNICRE – Instituição Financeira de Crédito, S.A.
O que esperar da Inteligência Artificial em 2024?
Se, 2023, foi um ano marcado pelo desenvolvimento da IA generativa, inteligência artificial capaz de responder a solicitações em linguagem comum para a produção de textos, imagens e vídeo, o que devemos esperar de 2024?
É o que vamos ver ao longo das próximas linhas.
Na Saúde
Com a recente aprovação da primeira regulamentação europeia sobre inteligência artificial, abre-se um enorme campo de possibilidades de aplicação desta tecnologia inovadora, nomeadamente na área da Saúde.
Segundo especialistas da área, 2024 será um ano em que as infraestruturas hospitalares e os modelos de cuidados de saúde passarão a ser, progressivamente, mais dependentes da inteligência artificial, algo que dará mais liberdade ao pessoal médico para se preocupar com o bem-estar dos seus pacientes.
Neste campo, saltam à vista várias inovações, entre as quais se destacam um modelo de machine learning que pode prever perdas de peso no pós-cirúrgico; um software de processamento de linguagem que identifica, utilizando registos médicos complexos, os determinantes sociais de doentes com Alzheimer e demência; e a capacidade de tecnologia baseada em IA em reduzir o tempo de diagnóstico de cancro a partir de radiografias do tórax.
Nos Recursos Humanos e Indústria
No ramo da Indústria, a IA promete, em 2024, trazer uma maior eficiência na implementação de estratégias de gestão dos trabalhadores, stocks e logística, permitindo que a empresa produza mais e com menor desperdício de matéria-prima e energia.
Uma palavra ainda para a importância da IA na automação das linhas de produção, permitindo diminuir os tempos de produção e, consequentemente, de entrega do produto.
No caso dos Recursos Humanos, o desenvolvimento da IA traz-nos softwares capaz de realizar processos de identificação e seleção de trabalhadores em menor tempo, satisfazendo as necessidades das organizações com maior eficiência e menor margem de erro.
Na área Financeira
Apesar de já assumir um importante papel na produção de relatórios mais pormenorizados, na medição do desempenho dos ativos e na previsão de cenários, a inteligência artificial na área financeira em 2024 vai trazer um aprofundamento da sua aplicação no atendimento ao cliente e na análise de risco em tempo real.
Já podemos vislumbrar como a IA atua no universo financeiro através de chatbots que permitem um atendimento mais personalizado do cliente, a análise dos pedidos, nomeadamente a análise de risco, é favorecida pela utilização de softwares onde a integração de inteligência artificial permite uma resposta mais rápida e assertiva.
Além disso, é também usada para prever alterações nos mercados de ações e moedas com mais regularidade.
Na Informação/Comunicação
Não é propriamente uma novidade, mas 2024 vai trazer um aumento da proliferação e difusão de deepfakes.
Isto exigirá de consumidores e jornalistas uma maior atenção à informação consumida/produzida e, dos políticos, a força necessária para introduzirem legislação adequada.
Esta necessidade de legislação sobre os desafios de segurança trazidos pela inteligência artificial é mesmo uma questão central em 2024, já que a privacidade dos dados dos cidadãos, a transparência e a parcialidade, especialmente no campo político e informativo, exigem quadros legais mais sólidos do que os existentes até à data.
Na Educação/Formação
Para 2024, prevê-se que venha a existir uma maior integração da inteligência artificial na Educação, nomeadamente com a introdução do ChatGPT de uma forma controlada nos programas de ensino.
Para além disto, novos softwares de aprendizagem à base de IA vão permitir experiências de aprendizagem multiplataforma mais imersivas, interativas, personalizadas e digitais.