Dicas para aquecer a casa e sem gastar mais por isso
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A pensar nos meses mais frios e chuvosos, vamos ver algumas ideias práticas e decorativas para aquecer a casa, mas não a conta energética.
Publicado em 13-Dez-2022
Quando as temperaturas descem no termómetro e a chuva cai lá fora, a vontade que dá é ficar em casa a ler um livro, fazer um jogo em família ou ver um filme na televisão. A menos, claro, que a casa esteja um gelo, igual ou pior do que lá fora. Para que isso não aconteça, aqui ficam algumas dicas que não implicam gastar muito dinheiro, nem aumentam os custos energéticos, porque os tempos não estão para isso.
Instalar uma ventoinha
Não fique surpreendido! Toda a gente associa as ventoinhas ao calor, mas alguns modelos, como este da Create, oferecem também um modo de inverno que vai “empurrar” o ar quente para baixo, aumentando a sensação de conforto. Tal como no verão, onde as ventoinhas não baixam realmente a temperatura de uma divisão, mas refrescam-nos, aqui a sensação é em tudo semelhante. Muitos destes modelos de ventoinha duplicam ainda a função como candeeiros, pelo que também têm esse lado positivo. E tudo controlado a partir do smartphone.
Isolar portas e janelas
Um investimento mínimo para os ganhos energéticos, especialmente no caso de quem tem portas e janelas mais antigas. O raciocínio é simples: portas e janelas mal isoladas não só permitem que entre ar frio, vindo da rua, como facilitam a perda do calor já armazenado dentro de casa. Por isso é que algumas casas são tão frias. A boa notícia é que não precisa – pelo menos para já − de investir em janelas novas, basta isolar a janela com fita de calafetagem para ter ganhos notáveis, na ordem dos 40%.
Cortinas, para que vos quero
Uma cortina de linho, leve e semitransparente, pode ser perfeita para os dias quentes de verão, mas de pouco serve quando o frio aperta. A solução passa por trocá-la por algo mais pesado, de veludo ou térmico, porque além de transmitirem uma maior sensação de calor funcionam como uma barreira para o ar fio que entra pela janela, ajudando a isolar as casas.
Fazer a cama e deitar-se nela
Idem para os lençóis de algodão egípcio supersuaves, porque está na hora de os substituir por algo mais espesso e pesado como uns grossos lençóis de flanela. Perde-se em delicadeza, mas ganha-se em calor ao deitar.
Sacos de água quente
Já os nossos avós e bisavós conheciam bem as vantagens de um saco (ou botija) de água quente, estrategicamente colocado na cama meia hora antes de deitar. Um item especialmente útil para quem sempre se queixa dos pés frios, mas que serve para todos na realidade, porque não há nada como deitar numa cama quentinha, em lugar de gelada após um dia inteiro de abandono.
Almofada térmica e terapêutica
Estas almofadas serão o complemento perfeito ao saco de água quente. Feitas à mão, em Portugal, com caroços de azeitona e alfazema (ou alecrim) da Beira Baixa. O seu principal propósito será ajudar a aliviar diferentes tipos de dores (cervical e pescoço, lombar, dor de costas, menstrual, de joelhos, tornozelos ou ombros), mas como funcionam através do calor também têm essa dupla função térmica. Basta aquecer a almofada no micro-ondas durante 2 minutos (a 600 W) e colocar debaixo dos cobertores, aproveitando para aquecer as mãos e os pés frios e relaxar com o calor e o aroma libertados. Ainda por cima também se encontram com padrões natalícios.
Tapetes ao quadrado
Já todos sentimos a sensação desagradável de pisar um chão frio, e na impossibilidade de pôr chão aquecido por toda a casa a solução passa por colocar alguns tapetes, como este da Zara Home, em sítios estratégicos. Ao lado das camas, por exemplo, debaixo da mesa de refeições, no sofá, em frente ao cadeirão de leitura predileto, etc., etc. Onde quer que se passe algum tempo sossegado.
No calor da cera
Mais do que iluminar – não há dúvida de que os candeeiros são bastante mais eficientes nesse aspeto –, as velas emitem uma luz que aquece a casa. A Caza de Velas do Loreto continua a fabricar velas de forma artesanal, como sempre fez desde 1789, mas há outras casas portuguesas por onde escolher, como a Manulena, desde 1968, a Nidore, que prima pela sustentabilidade, e a Cerafina.
Invista em mobiliário natural
Peças de mobiliário vintage, em madeira, também não vão alterar a temperatura no termómetro, mas vão ajudar a compor um ambiente acolhedor.
Mantas e cobertores
Os cobertores de papa, produção que o próprio marquês de Pombal ajudou a estabelecer na zona da Guarda, já foram muito populares em Portugal, embora hoje não reste mais do que um artesão que ainda os fabrica. Uma tradição que importa preservar, até porque, como se sabe, o peso destes grossos cobertores de lã contribui enormemente para um sono saudável. E da serra da Estrela chegam-nos também as mantas de burel, lindas, versáteis e quentinhas. Podemos encontrar os cobertores de papa na Vida Portuguesa, ou nas Quintas de Seia, e as mantas em burel junto da Ecolã ou da Burel Factory − dois produtores que souberam bem preservar e modernizar a tradição. Bons sonhos!