48 horas… Para conhecer as Aldeias Históricas de Portugal 48 horas… Para conhecer as Aldeias Históricas de Portugal

48 horas… Para conhecer as Aldeias Históricas de Portugal

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Recentemente distinguidas pela Organização Mundial do Turismo, é tempo de descobrirmos estas 12 maravilhosas aldeias tão portuguesas.


Publicado em 27-Set-2023

O paraíso, afinal, mora mesmo aqui ao lado, em 12 únicas, memoráveis, lindas e históricas aldeias portuguesas. Que ainda recentemente foram distinguidas pela Organização Mundial do Turismo como um destino exemplar de boas práticas a nível internacional. Felizmente, ficam todas na zona das Beiras, no centro do país, o que acaba por ser muito importante neste percurso porque, de outro modo, seria quase impossível de fazer. Já assim será bastante complicado, com tudo o que se pode ver e fazer nas Aldeias Históricas de Portugal.

O filme promocional da organização também venceu nos World’s Best Tourism Film Awards, uma espécie de Óscares para os filmes de turismo, pelo que será o chamariz perfeito para nos conduzir até aqui.

Vamos lá apontar os seus nomes − Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso. Nas próximas linhas vamos visitar todas, ainda que não necessariamente pela mesma ordem ou sequer por uma ordem certa. Os caminhos por vezes podem ser um pouco sinuosos, mas vale bem a pena:

Idanha-a-Velha

48 horas… Para conhecer as Aldeias Históricas de Portugal | Unibanco

Podemos começar pela aldeia mais a sul, mas podíamos igualmente fazer o percurso contrário e começar por Marialva, mais a norte. Nesse caso é fazer o caminho inverso e começar a leitura lá por baixo, subindo até chegar aqui, a Idanha-a-Velha. Estamos a 277 quilómetros de Lisboa, e a 288 do Porto. Praticamente a mesma distância

A velha Egitânia prosperou no tempo dos romanos, mas sobretudo dos visigodos, quando se tornou sede dum bispado e por aqui se construiu a sé catedral. O edifício, em si, esconde toda a história da ocupação destas terras, incluindo o período em que terá disso uma mesquita, durante a ocupação árabe. Foi entregue aos Templários após a reconquista, que também construíram uma torre sobre as ruínas de um velho templo romano dedicado a Vénus. Com a transferência da sede diocesana para a Guarda, no tempo de D. Sancho, inicia-se o processo de desertificação que dura até aos dias de hoje, mas que ajudou a preservar muito daquilo que era.

Monsanto

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O Estado Novo promoveu-a como a “Aldeia mais Portuguesa de Portugal”, mas mais recentemente foi por ter sido a “Pedra do Dragão” no spin-off de A Guerra dos Tronos que atraiu mais turistas. Ainda assim, Monsanto é típica e genuína e mostra bem como terá sido duro viver nesses tempos antigos. O melhor mesmo será perder-se um pouco pelas ruas e ruelas e admirar as igrejas, os pelourinhos e o casario, que utiliza os enormes penedos de granito como mais um elemento da construção. A não perder também o castelo, a capela de São João, o miradouro, e as casas onde viveram Zeca Afonso e Fernando Namora, que por aqui exerceu e se inspirou para escrever Retalhos da Vida de um Médico

Castelo Novo

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Terra mágica e de lendas, Castelo Novo é uma das Aldeias Históricas mais marcantes, com as suas calçadas, fontes e chafarizes. A não perder, evidentemente, o castelo, que só é novo porque foi construído no lugar de outro que existia antes, mas que data já de 1200 e poucos. O castelo oferece uma das vistas mais magníficas de toda a região, para a serra da Gardunha, e antes de lá chegar convém parar na estranha Lagariça, um dos primeiros lagares de origem romana de que há registo. 

Piódão

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Perfeitamente integrada na rocha escarpada da serra do Açor, é um dos postais mais bonitos de Portugal. A aldeia-presépio, por excelência. A não perder: as Levadas, uma rede de canais construídos em xisto para levar a água às leiras, para a rega das culturas e os percursos a pé nos antigos caminhos de montanha que nos levam até às aldeias mais esquecidas de Chãs d’Égua e Foz d’Égua.

Sortelha

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Será das Aldeias Históricas mais bem preservadas, quase um museu a céu aberto, que convida a vaguear calmamente, desfrutando da serenidade das ruas e admirando as vistas, seja para a aldeia seja para a paisagem que se abre em redor, porque a mais de 700 metros de altitude avista-se todo o vale de Riba-Côa, o maciço da serra da Estrela e da Malcata. Pelo meio, algumas surpresas, como o Cabeço da Velha ou o Beijo Eterno, duas curiosas formações rochosas cujo nome explica bem.

Belmonte

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Belmonte surge naturalmente associada à história de Pedro Álvares Cabral, que por aqui nasceu, e da comunidade judaica, que conseguiu manter vivas as tradições, mesmo depois da cristianização forçada e das expulsões. Um caso excecional em toda a Península Ibérica, tornando obrigatória a visita à judiaria de Belmonte, ao seu museu judaico e à surpreendente sinagoga Beit Eliahu. A não perder, como sempre, a visita ao castelo e ainda à enigmática Torre de Centum Cellas, alvo de inúmeras teorias ao longo dos anos.

Linhares da Beira

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No largo do Pelourinho, ergue-se uma construção sui generis, que os habitantes locais apelidam de fórum. Trata-se de um lugar onde os homens do concelho tradicionalmente se reuniam e deliberavam sobre os assuntos administrativos do concelho. Uma singularidade de Linhares, estabelecida logo na carta de foral lavrada ainda por D. Afonso Henriques. Mais uma numa terra que possui uma diversidade arquitetónica e artística ímpar dentro destas Aldeias Históricas.

Castelo Mendo

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Uma antiga vila onde se percebe bem um núcleo mais medieval, com o castelo, a igreja em ruínas e vestígios de edificações medievais – todos protegidos por uma muralha do século XII, e um burgo “novo”, de características mais góticas e delimitado por uma muralha construída no reinado de D. Dinis. A não perder o Mendo e a Menda, duas carantonhas junto às antigas portas do castelo e que, apesar da origem incerta, se tornaram num dos ex-líbris da povoação.

Almeida

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Por causa da sua localização, num planalto – os árabes chamavam-lhe Al-Mêda (a Mesa) −, Almeida tornou-se um ponto crucial na defesa do reino. É uma praça-forte por excelência, onde é imprescindível visitar o castelo, em ruínas desde as invasões francesas, e a fortaleza, um excelente exemplo da melhor arquitetura militar dos séculos XVII e XVIII, com traçado em forma de estrela e fossos de 12 metros de profundidade. É o cartão de visita maior da vila. A não perder igualmente o túmulo de Beresford, o general inglês que ficou a chefiar a defesa de Portugal e que faleceu num ataque a Ciudad Rodrigo, em Espanha, então ocupada nas mãos das tropas francesas, assim como o Museu Histórico-Militar, um espaço interativo e multimédia. O museu fica nas antigas Casamatas do Baluarte de S. João de Deus, que era onde a população se escondia em caso de guerra.

Trancoso

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Trancoso já nem é aldeia, mas uma das mais dinâmicas terras deste percurso.  De qualquer forma, o seu centro histórico continua bem preservado dentro das altas muralhas mandadas construir por D. Dinis e que terão sido decisivas várias vezes para manter a integridade de Portugal. Um desses momentos aconteceu na famosa Batalha de Trancoso, mesmo junto ao centro histórico e que deu vitória às tropas portuguesas frente ao exército invasor de Castela. A primeira de duas vitórias decisivas, sendo que a segunda teve lugar em Aljubarrota.  

Castelo Rodrigo

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Será a mais monumental destas Aldeias Históricas, e também não renega o seu passado judaico-cristão. Toda a aldeia conserva importantes referências no plano medieval, destacando-se ainda assim as velhas muralhas, as ruínas do palácio de Cristóvão de Moura, o pelourinho quinhentista, a igreja matriz, a cisterna medieval, as enormes muralhas ou as várias portas (como a Porta Nascente, na imagem de abertura) por onde deve passar.

Marialva

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Mais uma relíquia “viva” da ancestralidade de Portugal. Por aqui passaram os aravos, um povo lusitano, e foi posteriormente conquistada pelos romanos, depois pelos árabes, até à reconquista cristã. As suas ruas revelam todos estes vestígios, tal como os edifícios resistem ao tempo. A não perder − além do castelo, do tradicional pelourinho, ou da cisterna −, a Capela do Senhor dos Passos, a Igreja de S. Pedro ou o solar do Marquês de…

Estamos agora a 366 quilómetros de Lisboa, ou a 217 do Porto, e é tempo de pôr fim a esta aventura beirã.

Onde Ficar:

Existem vários hotéis onde pernoitar ao longo das Aldeias Históricas. Começando aqui por Marialva, onde ficam as famosas Casas do Coro, um hotel Spa perfeitamente integrado na aldeia.

Quem preferir uma opção mais em contacto com a natureza, o Natura Glamping, em Alcongosta (muito perto de Castelo Novo), é o seu espaço. Um hotel de oito iglôs, com todas as comodidades e vistas incríveis para a Serra da Gardunha.

Em Belmonte, a TheVagar Country House está inserida num lugar mágico, em plena Serra da Esperança. Cheio de bom gosto e de paz, permite realmente relaxar no final de um dia intenso.

Em Figueira de Castelo Rodrigo, o Colmeal é outro refúgio perfeito, cercado pela Serra da Marofa e dentro de uma quinta com quase 700 hectares que garantem toda a tranquilidade. Para aproveitar o Spa e  a gastronomia beirã, num restaurante que tem assinatura do chef Vítor Sobral.  

São algumas sugestões, apenas, porque existem muitas mais no site das Aldeias Históricas de Portugal.

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